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domingo, 2 de novembro de 2025

O SEXTO SENTIDO, de JOSÉ RODRIGUES DOS SANTOS | PLANETA

Um homem cai do décimo andar de um hotel em Lisboa. A polícia identifica-o: Kurt Weilmann.

Nos momentos finais de vida, balbucia palavras misteriosas: «UNIO MYSTICA... MISTERIUM TREMENDUM».

Acidente, suicídio ou homicídio? A Judiciária encontra no quarto de Weilmann uma derradeira mensagem com um nome: Tomás Noronha.

O historiador é convocado para esclarecer o seu envolvimento naquela morte. Durante o inquérito, a CIA avisa Tomás: a sua vida corre perigo. Quem atirou Weilmann do décimo andar também o quer matar. Para se salvar, terá de desvendar o mistério daquela morte.

Assim começa uma busca que irá conduzir Tomás Noronha aos segredos que envolvem uma classe de substâncias terapêuticas com propriedades milagrosas. Chamam-lhes enteógenos, expressão grega para… O DIVINO DENTRO DE NÓS.

Baseado em descobertas científicas que estão a ser estudadas pelas maiores instituições do mundo, desde Harvard até ao Centro Champalimaud, O Sexto Sentido mostra-nos o que os enteógenos começaram a revelar sobre os maiores enigmas do Universo — incluindo o mistério da morte e o sentido da vida.
 

sábado, 1 de novembro de 2025

FELIZ ANO VELHO, de MARCELO RUBENS PAIVA | DOM QUIXOTE

Um clássico da literatura brasileira contemporânea.

Com uma prosa tocante e ao mesmo tempo irreverente, ao relatar o acidente que o deixou tetraplégico, Marcelo Rubens Paiva confere à narrativa a mesma energia com que superou a armadilha do destino.

O romance autobiográfico sobre o acidente que colocou Marcelo Rubens Paiva numa cadeira de rodas quando tinha vinte anos marcou a estreia literária do autor e tornou-se, rapidamente, um sucesso entre o público e a crítica - amplamente traduzido, foi adaptado para teatro e cinema, conquistou prémios como o Jabuti, tornou-se tema de inúmeros trabalhos nas universidades brasileiras e, desde a sua publicação em 1982 até hoje, não tem parado de conquistar gerações de leitores.

Longe de ser o simples testemunho de uma experiência dolorosa, Feliz Ano Velho é o retrato geracional de uma juventude que, no final dos anos 1970, experimentava a abertura do governo militar e o sonho da redemocratização. Durante o período de recuperação, Marcelo conta detalhes da sua infância e da sua juventude, dos seus casos amorosos e da sua carreira musical; fala também da repressão da ditadura militar e da perseguição aos cidadãos que se opusessem ao regime, incluindo a invasão da sua casa por seis militares que levaram o seu pai, o deputado federal Rubens Beyrodt Paiva, que Marcelo não voltaria a ver e cuja história desenvolve em Ainda estou aqui.

O estilo de Marcelo, revelado num humor despretensioso e ao mesmo tempo mordaz, afasta a narrativa de qualquer pendor para o melodrama ou a autopiedade - pelo contrário, este é um texto de enorme força que, passados mais de quarenta anos, continua atual, vibrante e uma leitura indispensável.