sábado, 7 de setembro de 2024
AUTORES NACIONAIS | DAVID MACHADO
sexta-feira, 6 de setembro de 2024
OS DIAS DO RUÍDO, de DAVID MACHADO | DOM QUIXOTE
Dois anos depois de ter matado um terrorista islâmico evitando um atentado num café de Paris, Laura viaja pelo mundo contando a sua história e promovendo o livro em que relata o acontecimento. A fama em torno do seu nome espalha-se por toda a parte mas, nas redes sociais, o debate acerca do que fez levanta questões sobre feminismo, racismo, xenofobia e todo o tipo de extremismos.Laura é glorificada por muitos, mas também alvo de ameaças de morte que, se a princípio prefere desvalorizar, acabam por obrigá-la a fugir e procurar refúgio no único lugar onde, contrariamente a tudo aquilo em que acreditava, se sente segura. É então nas pausas desse ruído virtual que enche o mundo, e de que ela também depende inexoravelmente, que Laura compreenderá as implicações do seu acto.
Numa narrativa pessoal e emotiva, Os Dias do Ruído - o muito ansiado novo romance de David Machado, vencedor do Prémio da União Europeia para a Literatura - explora as complexas dimensões do mundo contemporâneo, profundamente dominado pelas redes sociais, em que as vozes se sobrepõem quase sempre numa estridência incompreensível, revelando todas as contradições e incoerências não apenas de uma mulher, mas de qualquer ser humano.
quinta-feira, 5 de setembro de 2024
AUTORES NACIONAIS | POSSIDÓNIO CACHAPA
quarta-feira, 4 de setembro de 2024
A SELVA DENTRO DE CASA, de POSSIDÓNIO CACHAPA | DOM QUIXOTE
Com um forte pendor autobiográfico, A Selva Dentro de Casa conta-nos, pela voz de uma criança, a história de um homem jovem que é enviado para a guerra em África deixando o sobrinho enredado na sua selva pessoal. Enquanto o tio e a lembrança dos dias felizes o abandonam, esta criança-narrador enfrenta o desafio de sobreviver num país marcado por outras formas de violência, a começar pela que existe no seio da sua própria família. O medo e os perigos estendem-se muito para lá das ervas altas e do rugir dos animais selvagens… a selva pode encontrar-se até mesmo dentro de casa.
Partindo da experiência pessoal do tio do autor, este romance procura ir mais além, tentando iluminar o mistério do que se passou com milhares de jovens portugueses arrancados às suas casas e atirados para um continente desconhecido, na tentativa de salvar o que restava do sonho de um império. Os que sobreviveram regressaram diferentes, com a selva dentro de si, e passaram o resto das suas vidas a tentar recuperar a pessoa que um dia foram. Mas nem as famílias nem as noivas que os aguardavam sabiam como receber alguém transformado pela violência da guerra.
Ao dar voz ao que esses homens nunca conseguiram verbalizar, esta narrativa pode contribuir para que se compreendam as causas do trauma. E, talvez, ajudar as famílias que sofreram os danos colaterais desse conflito a encontrar alguma paz nessa reconciliação com a sua presença ou memória.
Emocionante e repleto de ternura, A Selva Dentro de Casa é um romance que nos prende até à última página e que confirma a voz especial e única de um grande escritor.
terça-feira, 3 de setembro de 2024
AUTORES INTERNACIONAIS | CARLOS RUIZ ZAFÓN
Iniciou a sua carreira literária em 1993 com O Príncipe da Neblina (Prémio Edebé), a que se seguem O Palácio da Meia-Noite, As Luzes de Setembro e Marina.
Em 2001 é publicado o seu primeiro romance para adultos, A Sombra do Vento, que rapidamente se transforma num fenómeno literário internacional. Com O Jogo do Anjo (2008) regressa ao universo de O Cemitério dos Livros Esquecidos, que continua em O Prisioneiro do Céu (2012) e que finaliza a tetralogia com O Labirinto dos Espíritos em 2016.
As suas obras foram traduzidas em mais de 50 línguas e conquistaram numerosos prémios e milhões de leitores nos 5 continentes.
segunda-feira, 2 de setembro de 2024
MARINA, de CARLOS RUIZ ZAFÓN | PLANETA
Na Barcelona de 1980, Óscar Drai sonha acordado, deslumbrado pelos palacetes modernistas próximos do internato onde estuda. Numa das suas escapadelas conhece Marina, uma rapariga audaz que partilha com Óscar a aventura de penetrar num enigma doloroso do passado da cidade. Uma misteriosa personagem do pós-guerra propôs a si mesmo o maior desafio imaginável, mas a sua ambição arrastou-o por veredas sinistras cujas consequências alguém deve pagar ainda hoje.
EDIÇÃO ILUSTRADA COMEMORATIVA 25 ANOS
domingo, 1 de setembro de 2024
ENTREVISTA | B. XAVIER
Bianca Xavier é natural da Lourinhã, onde viveu toda a sua infância. E ainda que uma parte do seu percurso académico não tenha sido feito no seu concelho de residência, frequentou o 9º ano de escolaridade na escola Dr. João das Regras e o ensino secundário na Escola Secundária Dr. João Manuel da Costa Delgado na Lourinhã, onde começaria o seu percurso no vasto mundo da escrita.
Estuda
Enfermagem na ESEnfC - Escola Superior de Enfermagem de Coimbra onde passa a
maior parte do tempo e ainda que o curso exija a sua total dedicação, nos seus parcos
momentos livres dedica-os a ler e a esboçar futuros livros.
Desde
muito cedo que a sua paixão pela leitura, em especial romances, levaram-na a desejar
passar para o papel os seus próprios sentimentos e vontades, conseguir proporcionar
a leitores ávidos um vislumbre dos seus mundos continua a ser o seu objetivo, e
tão naturalmente como respirar lançou o seu primeiro livro.
Entre
a leitura, a escrita e o seu futuro como enfermeira, não se esquece de levar a
vida ao som da música que adora, nas caminhadas que são o seu refúgio, e acima
de tudo passar tempo de qualidade rodeada da família e dos amigos.
MC - Quem é a Bianca
Xavier?
BX - Além de,
recentemente, ser autora, sou também estudante de enfermagem. Sempre gostei de
cuidar dos outros e foi por isso que escolhi este curso. Desde pequena que os
livros fazem parte da minha vida e considero que me tornam numa pessoa mais
criativa o que na minha perspetiva também melhora o meu desempenho enquanto
futura enfermeira. Para além da leitura e da escrita, gosto de ouvir música,
ver filmes e séries e ir à praia. Acredito que os livros podem ajudar a
melhorar a vida das pessoas e por isso encaro a escrita como um desafio para
atingir esse objetivo.
MC - Qual o motivo que te
levou a assinar B. Xavier?
BX - Assim como quis
dar ao meu livro um toque de mistério, decidi fazer o mesmo com o meu
nome. Todos os que me conhecem associam facilmente o nome Bianca à minha
pessoa, mas eu queria que as pessoas tivessem curiosidade em saber mais da
autora e do que ela escreveu e não da pessoa em si. Daí a escolha de assinar B.
Xavier.
MC - Dentro dos diversos
géneros literários a fantasia é a tua escolha de eleição, porquê?
BX - Sempre gostei de
filmes relacionados com fantasia, nomeadamente com o mundo sobrenatural. Apesar
do romance ser um género literário que adoro, quis juntá-lo à fantasia. Com a
fantasia sinto que posso levar os meus leitores para outro mundo, onde não existem
os problemas e as preocupações do dia a dia. Todos precisamos de um escape de
vez em quando e foi isso que eu quis dar aos meus leitores com "Mitos e
Amores".
MC - Como surgiu a ideia
para o "Mitos e Amores"?
BX - Tudo começou quando,
no 11º ano, soube do concurso de contos na escola secundária que frequentava.
Pensei em inscrever-me e ainda escrevi algumas ideias, mas acabei por não me
sentir inspirada o suficiente para participar no concurso e guardei os
rascunhos do que tinha escrito. Porém, no ano seguinte quando estava a estudar
deparei-me com esses rascunhos e, ao relê-los, novas ideias começaram a surgir.
Não sei se essa inspiração repentina se deveu ao facto de já não estar “presa”
a um tema e poder escrever livremente ou se aconteceu por mero acaso. A verdade
é que alguns meses depois já tinha o primeiro rascunho da obra “Mitos e
Amores”.
MC - O porquê da escolha
de Mértola?
BX - Apesar de estar a
escrever ficção, quis dar um toque de cultura ao meu livro e dar a conhecer
novos sítios do nosso país. Pesquisei lugares que estavam associados a
histórias ou lendas de lobisomens e foi assim que apareceram as cascatas do
Pulo do Lobo, que se localizam em Mértola.
MC - Com a universidade
para quando um novo livro?
BX - Com a universidade,
o processo de escrita tornou-se mais demorado do que esperava. Na universidade
acabei por ter menos tempo livre do que o que tinha no secundário. Quando não
tinha aulas ou exames, às vezes só me apetecia descansar e não me sentia inspirada
para desenvolver novas ideias. No entanto, espero ter novidades em breve para
os meus leitores.