quinta-feira, 25 de abril de 2024

DIVULGAÇÃO | UMA VIDA COM SENTIDO, de MIROSLAV VOLF, MATTHEW CROASMUN e RYAN MCANNALLY-LINZ | PLANETA

O que considera ser uma vida com sentido?

A questão é inerente à condição humana, colocada por pessoas de todas as gerações, profissões e classes sociais, e abordada por todas as escolas de filosofia e religiões. Esta procura de significado, como argumentam os professores de Yale, Miroslav Volf, Matthew Croasmun e Ryan McAnnally-Linz, está no cerne da crise de significado que estamos a viver. Uma crise que, segundo eles, pode ser melhorada se procurarmos, na nossa própria vida, a verdade subjacente.

Neste livro, baseado no prestigiado curso da Universidade de Yale, os autores fornecem aos leitores pontos de partida, roteiros e hábitos de reflexão para descobrirem o significado das suas vidas e o que precisam de mudar.

Com base nas principais tradições religiosas e filosóficas do mundo e em figuras seculares, verdadeiras e corajosas, Uma Vida com Sentido mudará a sua perspetiva de vida; irá guiá-lo até à questão mais premente, aquela que se coloca a todos nós: como devemos viver. E vai ajudá-lo a viver uma vida mais próspera.

 

quarta-feira, 24 de abril de 2024

AUTORES NACIONAIS | FÁTIMA LOPES


É uma mulher real, com desafios semelhantes aos das outras mulheres. Pro­fissionalmente, define-se como comunicadora. Apresenta programas de televisão há quase 30 anos. É autora de onze livros e oradora nas áreas da comunicação, motivação, desenvolvimento pessoal, saúde e bem-estar. Em 2016, criou a plataforma Simply Flow, na qual mais de 150 especialistas levam ao público informação cuidada e acessível sobre saúde e bem-estar das pessoas e do planeta. Em 2023, estreou o Podcast Simply Flow em parceria com a Rádio Renascença. Em 2021, foi convidada para ser embaixadora da Brands Community e apresentadora da série Mudar para Melhor, do canal YouTube Brands Channel, que, posteriormente, estreou no canal SIC Mulher. É uma eterna sonhadora, sempre pronta para abraçar os projetos em que acredita ser feliz.

DIVULGAÇÃO | MEMÓRIAS MINHAS, de MANUEL ALEGRE | DOM QUIXOTE

 

«Memórias Minhas é um deslumbrante caminhar por dias e lugares que se cruzam com tempos únicos da nossa história contemporânea. Uma vida – uma geração – a rebeldia, a resistência, a guerra, a cadeia, o exílio, a Voz da Liberdade, a festa dos verdes anos, amores e desamores. E ainda, desde o luminoso 25 de Abril que mudou o destino, os combates longos, duros, conflituantes, que esculpiram a identidade da democracia constitucional. E o depois, nas curvas e contracurvas da mudança, do parlamento, da candidatura presidencial.»

Alberto Martins


As memórias de Manuel Alegre não são exclusivamente suas, são também as memórias de várias gerações de portugueses, memórias de um certo Portugal, que vão desde o tempo do Portugal triste e cinzento dos anos 50, tão bem reescrito em muita da sua poesia, até ao Portugal radiante e luminoso, o do 25 de Abril e o da liberdade.

Memórias Minhas reúne um vasto conjunto de pequenas histórias, nem sempre cronologicamente arrumadas, que proporcionam ao leitor uma dupla viagem: pela vida de Manuel Alegre e ao mesmo tempo pela História recente de Portugal.
O tio-trisavô decapitado na sequência das lutas entre liberais e miguelistas, a infância em Águeda e o assobio com que comunicava com o melhor amigo, os colegas que iam descalços para escola, a tia que se referia ao sobrinho como “o nosso poeta” sem ele ter escrito ainda qualquer verso, a eterna e dedicada protecção da avó, o estudante de Coimbra, e os discursos na Associação Académica, que mais não foram do que a sua primeira intervenção cívica.
A relação próxima e cúmplice com os amigos escritores, mas também com Adriano Correia de Oliveira e António Portugal naquela noite em que nasceu Trova do Vento que Passa, que a partir de então passou a ser um hino para todos aqueles que se opunham à ditadura de Salazar.

Há demasiadas vidas na vida de Manuel Alegre. Biografia a mais, talvez, para uma só vida. Sempre vivida de forma tensa e intensa. Que se intensificou ainda mais quando passou a sentir a PIDE sistematicamente por perto ou quando foi mobilizado para os Açores, onde conheceu Melo Antunes, com quem viria a congeminar um plano de revolta militar.
Já era então membro do PCP, partido a que aderiu, em 1958, de forma pouco ortodoxa, do qual virá mais tarde a desligar-se, após a invasão da Checoslováquia pelas tropas soviéticas. Para trás no tempo tinham ficado os passeios pelas ruas de Paris e as longas conversas com Álvaro Cunhal, histórias partilhadas neste livro, a prisão em Angola, onde tal como nos Açores, tudo fez para provocar uma acção militar contra o regime, a fuga a salto pela fronteira quando não era mais possível escapar à polícia política.

Para Manuel Alegre a luta pela liberdade e pela democracia também era feita com poesia. O poeta está longe mas, à distância, consegue a extraordinária proeza de fazer estremecer o país quando publica Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), livros que falam de Abril muito antes do 25 de Abril.
O tão desejado regresso a Portugal, já em liberdade, a visão de um certo Verão Quente, o 25 de Novembro, as razões da entrada para o PS depois de ter jurado a si mesmo que nunca mais faria parte de nenhum partido, a ligação afectiva aos velhos membros do Partido Socialista, a desilusão que foi ter sido por duas vezes membro de um governo, as desavenças com Mário Soares, António Guterres e José Sócrates e com todos aqueles que pretenderam descaracterizar a essência do partido, os bastidores da sua corrida à liderança do PS e, por fim, as circunstâncias que o levaram, por duas vezes, a candidatar-se à Presidência da República.

São estes alguns dos muitos episódios narrados na primeira pessoa por alguém que esteve presente nos acontecimentos mais relevantes da nossa História recente. E que fazem de Memórias Minhas um dos livros mais aguardados dos últimos tempos.



«Não anotei essa conversa nem outras. Lembro alguns encontros, sempre clandestinos, com Álvaro Cunhal.
Uma vez acendi um cigarro com o seu isqueiro e, num gesto mecânico, meti-o ao bolso. Então ele disse-me:
– Esse não, foi o último presente do meu pai.
E tinha lágrimas nos olhos, nunca mais esqueci, porque me parecia impossível que aquele homem pudesse chorar. Acho que compreendi até que ponto tinha disciplinado a sua própria alma. Por ser o secretário-geral do PCP ele passou à clandestinidade o artista que tinha dentro de si.»

«(…) Melo Antunes, Marcel de Almeida e eu formámos a equipa encarregada de fazer a distribuição pelo interior da Ilha. Melo Antunes apareceu com uma camisola preta e a cara enfarruscada. Sentou-se ao volante, com a pistola, tapada, no banco ao lado, e mandou-nos para trás. Entrávamos nas povoações em ponto morto, nós saíamos, um para a esquerda, outro para a direita, enfiando os papéis por debaixo das portas ou nas caixas do correio. Não se via ninguém. Mas tínhamos a sensação de que mil olhos nos espreitavam.
Regressámos de madrugada. Soubemos que todas as brigadas tinham feito o seu trabalho sem complicações.
– Não foi com armas, foi com papéis – dizíamos a rir de alívio e satisfação.
O escândalo foi grande em São Miguel. O tenente-coronel Alvarenga considerou que Melo Antunes devia ter-se preservado.
– Um general não anda a fazer de soldado.
Eu achava que, nessa noite, assim vestido de preto, ao volante do seu carro, Melo Antunes tinha sido um verdadeiro general, ainda que só capitão.
– Todos fomos capitães – dizia ele, sem se aperceber do sentido premonitório daquela frase.»

«Estava longe de imaginar que no dia 8 de Junho, no fim da tarde, receberia um telefonema do Brasil. Alguém, suponho que o Conselheiro Cultural, porque não percebi bem, comunicou-me:
– Os meus parabéns, o senhor acaba de ganhar o Prémio Camões. Vou passar-lhe a presidente do júri, Professora Doutora Paula Morão.
– O Prémio Camões é seu – disse ela. E havia alegria na sua voz.
Eu não estava à espera, não sabia sequer quem era o júri nem quando iria reunir e fiquei meio aturdido. Dei uma resposta tonta, que será para sempre o meu remorso:
– Está para cair um santo do altar.
Pouco depois caí em mim, fiz uma nova ligação e pedi desculpa.
– Estou muito contente, sinto-me muito honrado.»

terça-feira, 23 de abril de 2024

AUTORES NACIONAIS | ISABEL LINDIM

Isabel Lindim nasceu em 1972, em pleno auge das ações das Brigadas Revolucionárias (BR), e as suas origens fundem-se com os acontecimentos da época imediatamente anterior e posterior ao 25 de Abril.
Jornalista, colaborou em publicações como Grande ReportagemVisãoLecoolSetenta e Quatro e Green eFact, além dos programas de televisão Pop Up (RTP) e À Descoberta Com... (SIC).
É autora dos livros Mulheres de Armas, sobre as ativistas das BR (Objetiva, 2012) e Portugal, 2071: o impacto das alterações climáticas no país que os nossos filhos vão herdar (Oficina do Livro, 2021).
Nos últimos anos, tem‑se dedicado à investigação e à escrita sobre temas relacionados com o ambiente e a memória.
Em 2007, iniciou um trabalho de recolha e organização de documentos das BR e do Partido Revolucionário do Proletariado (PRP), tendo daí nascido o presente livro.
 

DIVULGAÇÃO | O AMOR MORA NO ANDAR DE CIMA, de FÁTIMA LOPES | PLANETA

 

Ana é uma escritora de sucesso. Os seus livros, campeões de vendas, fazem sonhar (e suspirar) as suas leitoras, com ingredientes infalíveis: homens de sonho, paisagens maravilhosas, frases motivadoras e histórias de amor apaixonantes.

Mas a sua vida é bem diferente das páginas dos seus livros, e Ana está cansada de a viver.

Mora num prédio antigo em Lisboa. Trabalha, cumpre todos os seus deveres e obrigações e não se permite divertir, porque carrega no coração um trauma do passado que não a deixa ser feliz.

Tem como vizinhos um casal de idosos com quem criou uma relação de grande cumplicidade. Foram o seu pilar quando há anos se mudou sozinha, com a fi­lha pequena, para aquele prédio, levando uma mala cheia de dor e incerteza.

Mas a sua vida está prestes a sofrer uma mudança. Tem um livro que não consegue acabar; conhece uma leitora misteriosa cuja história a intriga; o charmoso diretor da sua editora não desiste de a conquistar e um novo vizinho que, de sorriso nos lábios, música no sotaque e simpatia natural lhe desperta curiosidade.

Fátima Lopes, autora best-seller, traz-nos um romance surpreendente onde aborda temas como a solidão, o tempo que dedicamos aos mais velhos, violência doméstica, o impacto dos traumas do passado, a esperança e o sentido da vida.

segunda-feira, 22 de abril de 2024

AUTORES INTERNACIONAIS | NARGES MOHAMMADI

Narges Mohammadi nasceu em 1972 no Irão.
É ativista pelos direitos humanos e vice-presidente do Centro de Defensores dos Direitos Humanos (DHRC), liderado pela Prémio Nobel da Paz Shirin Ebadi.
Em Maio de 2016, foi condenada a 16 anos de prisão em Teerão, por estabelecer e dirigir «um movimento de direitos humanos que faz campanha pela abolição da pena de morte».
Em 2022, foi nomeada uma das 100 mulheres mais inspiradoras do mundo pela BBC.
Em 6 de Outubro de 2023, recebeu o Nobel da Paz «pela sua luta contra a opressão das mulheres no Irão e pela sua luta para promover os direitos humanos e a liberdade para todos».
 

DIVULGAÇÃO | OS MEMORÁVEIS, de LÍDIA JORGE | DOM QUIXOTE

Publicado em Março de 2014, Os Memoráveis tornou-se desde então um texto literário emblemático da Revolução dos Cravos.
É por isso com muito entusiasmo que a Dom Quixote oferece aos leitores esta edição especial, no momento em que se completam dez anos da sua publicação e se comemoram os 50 anos do 25 de Abril.
Como se tivesse sido escrito hoje mesmo, em Os Memoráveis, Lídia Jorge convoca dados que o imaginário vai tecendo à medida que o tempo passa, e reunindo-os inaugura uma mitologia imaginativa poderosa sobre a nossa revolução, sem nunca, no entanto, deformar os dados objectivos, como salientou o historiador Yves Léonard.
Trata-se, assim, de um livro nuclear para se compreender o nosso passado recente e nos preparar para o futuro, enquanto colectivo alargado que só se vê ao espelho verdadeiramente quando se avista a si mesmo transfigurado em invenção. Esse é o poder dos grandes textos literários.
Objecto de várias reedições e traduções para o estrangeiro, Os Memoráveis obteve o Prémio Urbano Tavares Rodrigues na sua edição de 2015.