Como conseguir que uma criança, e mais tarde um adolescente, possa estar calmamente a observar o seu ambiente? Que consiga esperar antes de ter, que seja capaz de pensar, que esteja motivada para aprender sem medo do esforço? As crianças crescem num ambiente cada vez mais frenético e exigente que, por um lado, tornou a tarefa de educar mais complexa e, por outro, as distanciou do que é essencial.
Para o seu sucesso futuro, consideramos necessário programá-las para um número infinito de atividades que, na verdade, as estão a afastar do seu lazer natural, do jogo livre, da natureza, do silêncio, da beleza. A sua vida tornou-se uma verdadeira corrida para saltar etapas, o que os distancia cada vez mais da sua própria natureza.
Muitas crianças estão a perder as melhores coisas da vida: descobrir o mundo, conhecer a realidade. Um ruído ensurdecedor silencia as suas perguntas, os ecrãs com as imagens rápidas e o som alto saturam os seus sentidos e interrompem a lenta aprendizagem de tudo o que é maravilhoso ao ser descoberto pela primeira vez.
A autora Catherine L’Ecuyer convida-nos neste livro a repensar a aprendizagem como uma viagem nascida do interior da pessoa, uma aventura maravilhosa facilitada por uma profunda consideração do que a natureza da criança exige, como o respeito pela sua inocência, os seus ritmos, o seu sentido de mistério e a sua sede de beleza.
«Identifiquei-me muito com a ideia da autora, Catherine L’Ecuyer, de que não precisamos de muito para florescer. Infelizmente, no mundo atual, estamos cada vez mais saturados com estímulos constantes desde que acordamos e esta estimulação excessiva está a apagar a magia de sermos humanos. Não nos permite ver e perceber a beleza do que nos rodeia.»
Catarina Gouveia in Prefácio.
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