Nas livrarias a 19 de Março
Sul de
Itália, anos 80. Os verões em Bari velha são passados entre os becos de lajes
brancas, onde as crianças se perseguem pelas curvas de um labirinto de ruelas,
no meio dos aromas dos lençóis estendidos em arames e dos molhos saborosos.
Maria, de
doze anos, cresce aqui com os dois irmãos mais velhos. É uma menina pequena e
morena, com feições selvagens que a tornam diferente das outras crianças – uma
boca grande e dois olhos quase orientais que brilham como pequenos buracos –, e
uma certa maneira de ser hostil e insolente que lhe valeu a alcunha
«Malacarne». Vive numa terra sem tempo, num bairro onde os abusos são sofridos
e infligidos, e de onde é muito difícil escapar. No entanto, Maria não está
disposta a submeter-se a normas que não respeita. O seu único apoio é Michele,
o filho mais novo do clã Senzasagne, a gente mais decadente de Bari velha.
Apesar da hostilidade entre as suas famílias, entre ambos surge uma amizade
delicada, quase fraternal, que o tempo converte em amor. Um amor que, embora
impossível, os preserva do rancor do resto do mundo.
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