quinta-feira, 22 de maio de 2025

TIRA O DISCO E TOCA O MESMO, de JOÃO GOBEM | FUNDAÇÃO FRANCISCO MANUEL DOS SANTOS

Antes, faziam-se concertos para vender discos. Agora, editam-se discos para conseguir concertos. A música mudou, até na forma como a consumimos. Apesar de o mercado estar em expansão após se ter aproximado do abismo, criadores, instrumentistas e cantores não colhem os frutos. A superabundância de música favorece a manipulação da indústria e a descartabilidade da produção musical.

O digital e as plataformas de streaming, o declínio das lojas, os novos contratos, o papel dos media na divulgação, a reformatação das editoras discográficas, a inteligência artificial, os avanços tecnológicos e as zonas nebulosas em que se traduzem, obscurecem os desafios criativos. Este ensaio toca a fundo no que mudou na indústria musical portuguesa recente, com consequências estéticas audíveis.
 

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