Há amizades que nascem no
acaso, outras na necessidade, e há aquelas que florescem na palavra. Vocês,
meus amigos escritores — Fernando, Vanessa, Mafalda, Anita e Cecília —
pertencem a esse último e raro tipo. Vieram primeiro como companheiros de
letras, cúmplices de textos e conversas intermináveis, mas permaneceram — e
permanecerão — como muito mais do que isso. Tornaram-se família: um irmão e
irmãs.
Irmão e irmãs não apenas
de caneta e papel, mas, sobretudo, de sentimentos. Vocês estão sempre presentes
nos momentos melhores e piores da minha vida, encorajando-me com palavras
sábias que tocam a alma, e que nunca me permitem desistir. Entendem o silêncio
que precede uma ideia, a inquietação de um parágrafo inacabado, a alegria quase
infantil de quando uma frase finalmente encontra o seu lugar. Sabem que
escrever não é só técnica; é entrega, é fragilidade exposta, é coragem
partilhada.
Estiveram sempre comigo —
nos dias de inspiração, e nos de cansaço; nas páginas que brilhavam, e nas que
tremiam. Souberam ouvir quando as palavras doíam, celebrar quando elas voavam,
e, acima de tudo, acompanhar quando elas simplesmente não vinham.
A literatura
aproximou-nos, mas foram a sensibilidade, o respeito, e o carinho que nos
uniram de vez. Hoje, olho para cada um de vocês — Fernando, Vanessa, Mafalda,
Anita e Cecília — e vejo não apenas escritores admiráveis, mas pessoas raras,
cuja presença consola, inspira, e transforma.
Se a vida é feita de
capítulos, vocês são aqueles que nunca deixaram de aparecer nas minhas páginas.
Obrigada por serem porto, riso, reflexão, e abrigo. Obrigada por serem mais do
que amigos: por serem verdadeiros irmão e irmãs de alma, e de sentimento.
Que continuemos a
escrever juntos — histórias, dias, e afetos — por muito tempo, porque a nossa
vida já é um parágrafo em comum, cheio de vírgulas, sem ponto final, sempre
aberto a novas linhas, novas histórias, e novos momentos partilhados.
MBarreto Condado

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