quarta-feira, 26 de julho de 2017

CINEMA | Valerian e a Cidade dos Mil Planetas | CRÍTICA de MADALENA CONDADO

NOS CINEMAS A 27 JULHO
(NOS Lusomundo Audiovisuais)

“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas” é Um delicioso Mundo novo ou não chegasse pela magistral mão do seu realizador.  Escrito e dirigido por Luc Besson é baseado na novela gráfica “Valerian e Laureline” publicada pela primeira vez em 1967. Mas este mundo não seria possível sem a equipa de colaboradores e produção que o tem acompanhado sempre ao longo da sua carreira.

A curiosidade do nome “…a cidade dos mil planetas” acaba por ser explicada nos primeiros minutos do filme. A partir de uma simples cápsula espacial em órbita à volta do nosso planeta vão-se juntando outras, humanas e extraterrestres, criando um fantástico mundo novo. Uma Metrópolis intergaláctica que abrangerá os mais recônditos locais do vasto espaço.

Achei fascinante o facto de não ser utilizado um cataclismo como a destruição do planeta Terra para dar continuidade à estória, pelo contrário ao afastar a “…cidade dos mil planetas” da sua órbita está a proteger a sua continuidade.

A acção começa em 2010, e em poucos minutos somos transportados para o ano de 2740. Aqui, conhecemos o Major Valerian (Dane DeHaan), agente governamental em ascensão na hierarquia da armada humana, conhecido pela sua coragem e determinação. E a Sargento Laureline (Cara Delevigne), determinada, mas acima de tudo esperançosa em encontrar o verdadeiro amor e casar-se. Recebem ordens para se dirigirem ao deserto planeta Kirian onde deverão infiltrar-se no enorme mercado extradimensional ajudados por tropas especiais onde têm como objectivo recuperar o último conversor Mül e devolvê-lo posteriormente ao centro de comando Alpha.

A partir deste momento partimos numa aventura intergaláctica, repleta de extraordinários seres, de locais de cortar a respiração (Mül – o paraíso trágico, Kirian – o planeta deserto com o seu grande mercado, Pooulong – parque aquático, Galana, Paradise Alley e ainda a Estação Espacial Alpha), diferentes dimensões, tudo complementado com a nossa própria realidade: turismo, consumismo, grandes mercados, mortes, destruição, encobrimento, poder.

Um filme que tem tanto de estranho como de maravilhoso, poderá ser considerado um fantástico filme de Verão, mas certamente num futuro próximo num clássico de culto, cujas criaturas ficarão para sempre no nosso imaginário. No meu ficarão certamente Igon Siruss e os Doghan Daguis, estes últimos um fantástico trio que vende informações a troco de recompensas com a particularidade de que se um deles for morto a informação ficará para sempre incompleta.

Este filme conta ainda com participações tão dispares e memoráveis como a de Rutger Hauer (Presidente da Federação Mundial), John Goodman (que dá a sua voz a Igon Siruss), Clive Owen (Comandante Arun Filitt), Ethan Hawke (Jolly the Pimp), Kris Wu (Sargento Reza) e Rihanna (Buble) esta última na sua primeira estreia num filme deste género.

Texto: Madalena Condado


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