domingo, 7 de setembro de 2025

NADA CRESCE AO LUAR, de TORBORG NEDREAAS | DOM QUIXOTE

Um clássico da literatura nórdica, publicado pela primeira vez em 1947, de uma das mais importantes escritoras norueguesas do século XX.


No crepúsculo azul de uma noite de primavera, um homem sente-se atraído por uma bela e solitária desconhecida que vê no átrio de uma estação ferroviária, e a quem oferece ajuda. Ela acompanha-o até casa e, durante uma noite inebriante de vinho e cigarros, conta-lhe a história devastadora da sua vida. Ela precisa desesperadamente de alguém com quem falar. Ele ouve-a, fascinado, e a partir dessa noite será assombrado para sempre pela revelação clara e honesta de uma alma despedaçada – tal como o leitor o será.

Aos dezassete anos, ela torna-se amante do professor de liceu, e a sua vida fica fora de controlo, dando lugar à gravidez, à pobreza e à alienação. Aqui, a escuridão e a luz convergem, e o amor não correspondido floresce no meio das sombras das injustiças sociais, enquanto ela luta pela autonomia: da sua vida, da sua mente e do seu corpo. Consumida por uma paixão obsessiva, regressa continuamente a situações em que é abusada. Por fim, ao confrontar o seu passado sem autocomiseração, sem negar a sua responsabilidade pessoal, apercebe-se do quanto o seu comportamento autodestrutivo se deve a um sistema capitalista e patriarcal que obriga as mulheres a desempenhar papéis que as tornam emocional e economicamente dependentes.

Cativante, visceral e imprescindível sobre o que significa navegar numa sociedade opressiva feita para homens, que é também uma ode intransigente ao amor, à saudade e ao desejo.


«Arrebatadoramente poderoso… a conclusão é, ao mesmo tempo, difícil de ler e impossível de desviar o olhar.»
Guardian

«Nada Cresce ao Luar é tão enigmático como o seu título. Numa estação ferroviária, no crepúsculo azul de uma noite de primavera, um homem é atraído pela visão de uma mulher, uma estranha. A cena é ao mesmo tempo elétrica e dramática... No decurso da longa noite, é revelada a história desesperada de um amor devastador e as suas consequências dolorosas.»
Irish Times

«É fantástico, é incrível.»
Pedro Almodóvar

 

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