sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

ÁREA 51, de MBarreto Condado















Foi com surpresa que esta madrugada vi chegar ao Terreiro do Paço “A Liberdade”, mais conhecida internacionalmente por Estátua da Liberdade, trazia como bagagem somente a sua tocha e coroa que me garantiu nunca ter sido recebida num concurso de miss universo. Sendo ela filha de pai francês, amiga de um número incontável de imigrantes e nunca tendo requerido cidadania americana resolveu partir para o velho continente que a viu nascer com receio de represálias devido ao facto de ser imigrante, mulher, gorda e vestir-se de forma esquisita.

Contou-me como numa noite toda a sua existência bem como a de tantos tinha sido colocada em causa. Temia pela construção do prometido muro que seria pago por terceiros, pelo “drenar do pântano” podia dar-se o caso de ser construído um casino no seu lugar, a mudança de Obamacare para Trumpcare, o ensino nas universidades da cadeira de fuga aos impostos, a retirada das tropas americanas de locais de guerra para a possível colocação de mão de obra treinada na extração de gás e de xisto, a transformação da Casa Branca na casa da Barbie e do Ken, o ensinar o filho Barron a carregar no botão vermelho para iniciar os “jogos de guerra” mas principalmente temia pela desagregação dos Estados Unidos para Estados Desunidos.

E antes de se despedir e continuar a sua viagem ainda deixou no ar a confirmação à dúvida que nos persegue a todos desde 2016, o significado da fantástica cor laranja da pele.

É verdade que eles estão entre nós e agora até nos governam.

“Beam me up Scotty”



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